quarta-feira, 26 de junho de 2019

Reino Metazoa (I)

O presente trabalho tem por objetivo expor e descrever notícias de caráter geral e artigos de caráter científico a respeito dos filos Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes e Nematoda do Reino Metazoa.

I - Filo Porifera

Figura 1. Poríferos
Fonte: maniadezoologia.wordpress.com

O Filo Porifera é composto pelos poríferos, também denominados esponjas ou espongiários. Os poríferos são animais sésseis - ou seja, vivem fixos a um substrato - e dotados de poros. Ocupam ambientes aquáticos, sendo a maior parte marinha. Não apresentam órgãos, mas exibem um determinado nível de divisão de trabalho entre as células.

1. A agência de notícias Ciência e Cultura da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia - Facom-UFBA - publicou, em 2011, "Esponjas mostram níveis de poluição no litoral da Bahia" (notícia de caráter geral). Uma equipe composta por pesquisadores brasileiros e cubanos objetiva desenvolver metodologias de monitoramentos dos níveis de poluição das águas através de animais poríferos marinhos.
As esponjas, sem receber danos, absorvem os poluentes presentes na água do local onde vivem e retém-nos em suas células. Um dos meios de analisar a poluição de mares e oceanos é desenvolver um estudo histológico ou químico desses metazoários a fim de averiguar os tipos de poluentes - metais pesados, componentes químicos tóxicos etc. - retidos em seus tecidos.

2. A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ - publicou, em 23 de março de 2005, "Cientistas do Nosso Estado pesquisam possíveis aplicações das esponjas do mar" (divulgação científica). Nele, as esponjas são descritas como possuidoras de um destino promissor na área da pesquisa científica, posto que muitos medicamentos e fármacos podem ser produzidos a partir de algumas das substâncias que essas produzem. Segundo a publicação, elas adquirem cada vez mais relevância, na área da saúde, no estudo das células-tronco e, na área das telecomunicações, na produção de fibras ópticas.

3. O Estado de S. Paulo, vulgo Estadão, publicou, em 20 de setembro de 2010, a reportagem "Compostos de esponjas podem gerar novas drogas contra o câncer" (notícia de caráter geral). Andersen Raymond, professor do Departamento de Química e Ciências da Terra e do Oceano da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, realizou pesquisas relativamente ao isolamento, à análise estrutural e à síntese de compostos extraídos de esponjas coletadas em Papua-Nova Guiné e na costa do Canadá. Esses compostos são capazes de deter o processo de divisão celular, o que pode ser utilizado em benefício do desenvolvimento de drogas em combate ao câncer.
O pesquisador relata que os animais espongiários são detentores de uma diversidade química raramente encontrada em único organismo, o que pode ser muito interessante na prospecção de compostos bioativos. Ele afirma, por fim, que "um dos fatores que explicam essa espantosa diversidade química é que as esponjas não têm defesas físicas, mas têm cores vivas, ficam expostas e não se movem, não podendo fugir de predadores. Por isso, elas têm necessidade de defesas químicas. Acreditamos que, por serem animais muito primitivos, sejam capazes de tolerar e produzir compostos químicos especialmente exóticos".

4. A revista científica Terræ Didatica, publicação periódica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas - IG-UNICAMP -, reproduziu, em 2016, "Esponjas de água doce na América do Sul: o estado da arte da produção científica no Brasil" (artigo científico), o qual trata da ocorrência de esponjas de água doce na América do Sul e visa ao estudo da reconstrução paleoambiental através das espículas, estruturas de calcários e sílica presentes no corpo dos poríferos e responsáveis por sua sustentação, presentes em esponjas de água doce. A obra ainda alerta para a necessidade de maiores e mais abrangentes pesquisas a respeito dos animais do Filo Porifera no Brasil.

Referências:

1. ASSIZ, L. Esponjas mostram níveis de poluição no litoral da Bahia. Facom-UFBA. Disponível em: <http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/destaques/esponjas-mostram-niveis-de-poluicao-no-litoral-da-bahia/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
2. Cientistas do Nosso Estado pesquisam possíveis aplicações das esponjas do mar. FAPERJ. Disponível em: <http://www.faperj.br/?id=470.2.5>. Acesso em: 26 jun. 2019.
3. Compostos de esponjas podem gerar novas drogas contra o câncer. O Estado de S. Paulo. Disponível em: <https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,compostos-de-esponjas-podem-gerar-novas-drogas-contra-o-cancer,608015>. Acesso em: 26 jun. 2019.
4. KALINOVSKI, E. C. Z.; PAROLIN, M.; DE SOUZA FILHO, E. E. Esponjas de água doce na América do Sul: o estado da arte da produção científica no Brasil. Terræ Didatica, v. 12, n. 1, p. 4-18, 2016. Disponível em: <https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v12_1/PDF12_1/TDv12_1-Kalinovski1F.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2019.

II - Filo Cnidaria

Figura 2. As águas-vivas são representantes do filo Cnidaria e apresentam forma de medusa
Fonte: alunosonline.uol.com.br

Os cnidários - Filo Cnidaria - vivem em ambientes aquáticos, sendo a maioria marinha, embora existam alguns representantes de água doce. Os maiores e mais relevantes avanços evolutivos desse filo são a cavidade digestória e o sistema nervoso. São classificados como diblásticos, porque possuem apenas dois folhetos embrionários. Nesses organismos, há, entre a epiderme e a gastroderme, a mesogleia, uma massa gelatinosa desprovida de células.

1. A revista Veja publicou, em 8 de maio de 2017, a reportagem "76% dos animais que vivem no oceano brilham no escuro, diz estudo" (notícia de caráter geral), a qual versa sobre a bioluminescência de animais marinhos que habitam o fundo dos oceanos. Constatou-se que, dos animais que vivem nos oceanos, cerca de 76% brilham no escuro, isto é, emitem sua própria luz. Dentre esses animais, podem-se destacar as águas vivas, metazoários do filo Cnidaria, o qual abrange organismos aquáticos e detentores de cavidade digestória e sistema nervoso, características consideradas grandes avanços na escala evolutiva do Reino Metazoa.

2. A revista Galileu publicou, em 2016, "Água-viva misteriosa é descoberta a 3,7 mil metros de profundidade" (divulgação científica), o qual trata de uma nova espécie de água-viva descoberta a mais de três mil metros de profundidade, no trecho oceânico mais profundo do planeta, a Fossa das Marianas, no Japão. Essa nova espécie de cnidário se apresenta na forma de medusa e apresenta canais radiais - estruturas que compõem o sistema hidrovascular/ambulacrário dos equinodermos - vermelhos e círculos amarelos extremamente brilhantes. Os cientistas relatam que os canais radiais são, provavelmente, parte do sistema digestório do organismo; e que os círculos amarelos exibem caráter reprodutivo. Até o momento da publicação da matéria, a nova espécia ainda não havia sido nomeada. As medusas manifestam vida livre e apresentam sua boca na parte do inferior do corpo, com a borda lauta de tentáculos.

3. A Folha de S.Paulo publicou, em fevereiro de 2017, a matéria "Quase cem mil banhistas são envenenados por água-viva no Sul" (notícia de caráter geral). Nela, o jornal aborda os incontáveis acidentes com medusas e a enorme frequência destes durante o verão devido a simultaneidade entre o ciclo de veraneio e o período de reprodução das espécies de cnidários que vivem no litoral. As queimaduras são decorrentes do contato da pele humana com o animal - as células responsáveis pelas queimaduras e pelas lesões ou pelo envenenamento, denominadas cnidócitos, atuam mediante estímulo mecânico, isto é, contato físico. Ao serem estimuladas, estas células presentes nas águas-vivas liberam, através de uma cápsula interna, o nematocisto, uma substância urticante capaz de queimar, paralisar e até mesmo matar seres humanos.

4. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - publicou, em 2011, "Levantamento de ocorrências e acidentes causados por Cnidários Pelágicos no Município de Imbé, Litoral Norte do Rio Grande do Sul - Brasil" (artigo científico). Essa pesquisa envolve o monitoramento das espécies de cnidários nas praias desse município gaúcho e destaca os hidrozoários e as cubomedusas como os grupos que exibem maior risco aos banhistas. Os cnidários são dotados de cnidócitos, células de defesa e captura de presas, as quais possuem uma cápsula, o nematocisto, responsável pela eliminação de uma substância urticante que provoca, na pele de outros organismos, incluindo os seres humanos, lesões muito semelhantes a queimaduras e que podem levar à paralisia e até a morte.

Referências:

1. 76% dos animais que vivem no oceano brilham no escuro, diz estudo. Veja. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/76-dos-animais-que-vivem-no-oceano-brilham-no-escuro-diz-estudo/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
2. ALENCAR, L. Água-viva misteriosa é descoberta a 3,7 mil metros de profundidade. Galileu. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2016/05/agua-viva-misteriosa-e-descoberta-37-mil-metros-de-profundidade.html>. Acesso em: 26 jun. 2019.
3. BERTOLINI, J. Quase cem mil banhistas são envenenados por água-viva no Sul. Folha de S.Paulo. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/02/1862075-quase-cem-mil-banhistas-sao-envenenados-por-agua-viva-no-sul.shtml>. Acesso em: 26 jun. 2019.
4. CRISTIANO, S. C. Levantamento de ocorrências e acidentes causados por Cnidários Pelágicos no Município de Imbé, Litoral Norte do Rio Grande do Sul - Brasil. 2011. 86 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)-Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Imbé, 2011. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/40103>. Acesso em: 26 jun. 2019.

III - Filo Platyhelminthes 

Figura 3. Platelmintos
Fonte: pt.wikipedia.org

Os platelmintos - Filo Platyhelminthes - apresentam corpo achatado dorsoventralmente. Entre eles, há importantes parasitas de seres humanos, como as tênias e os esquistossomos. Existem, também, representantes de vida livre, como as planárias, que ocupam ambientes terres úmidos ou aquáticos.
Além de tecidos diferenciados, os platelmintos possuem órgãos definidos e são triblásticos. Outra característica evolutiva é a simetria bilateral. Como os cnidários, estes organismos realizam digestão extracelular e intracelular. Seu sistema digestório é incompleto, posto que apresenta boca e não apresenta ânus. Aquela serve tanto para a entrada de alimentos como para a eliminação de resíduos.

1. A Universidade Estadual Paulista - UNESP - publicou, em 2014, "Uso de planárias como bioindicadores de qualidade das águas utilizando análise de sobrevivência" (artigo científico), que sugere o acompanhamento a longo prazo do tempo de vida de planárias - platelmintos turbelários -  submetidas a diferentes condições em diferentes ambientes aquáticos. Assim, seria possível realizar uma análise dos ecossistemas em questão através dos índices de sobrevivência dos platelmintos estudados. Essa ideia é apresentada como uma forma eficiente e pouco custosa de análise da qualidade das águas.
Os pesquisadores expõem os platelmintos como vermes de corpo achatado com epiderme ciliada e revestido por muco. Entre eles, estão as planárias, os esquistossomos e as tênias. Menciona-se, ainda, que esse filo possui grande importância na degradação da matéria orgânica, tendo em vista que se alimentam de outros animais, estes tanto vivos quanto mortos.

2. O portal UOL Notícias editou, em 30 de junho de 2015, a reportagem "Platelmintos fazem autofecundação na ausência de parceiros" (divulgação científica), a qual versa sobre um estudo publicado pela revista britânica Royal Society. Em um processo conhecido como inseminação hipodérmica, os platelmintos usam o pênis para picar um outro e injetar seu esperma através de sua pele. No caso da carência de um parceiro, por serem hermafroditas, eles são capazes de injetar em si mesmos seu próprio esperma. Os pesquisadores apontam que, no entanto, a autofecundação diminui a variabilidade genética, bem como a quantidade de descendentes gerados e a probabilidade de sobrevivência destes. Dessa maneira, esse tipo de reprodução só é levado a cabo quando há uma ausência muito prolongada de oportunidades de acasalamento.

3. A revista Veja, em 6 de maio de 2016, publicou a matéria "Verme é capaz de regenerar memória após ser decapitado" (notícia de caráter geral), segundo a qual as planárias, após serem decapitadas, seriam capazes de recobrar rapidamente habilidades por elas adquiridas antes de terem a cabeça amputada. Os pesquisadores ainda formulam hipóteses para explicar este fenômeno - uma delas sugere que existe, no corpo dos vermes, outro local para além do cérebro onde suas memórias são armazenadas. O sistema nervoso dos organismos deste filo é composto, em geral, por um par de gânglios cerebrais, presentes na região anterior do corpo, e por cordões nervosos longitudinais. O órgão denominado ocelo é sua principal estrutura sensorial e funciona através da fotorrecepção.

4. O portal O Globo publicou, em 14 de junho de 2017, "Verme enviado ao espaço desenvolve segunda cabeça" (notícia de caráter geral) - um platelminto da classe Turbellaria enviado ao espaço, após passar cinco semanas a bordo da Estação Espacial Internacional, devido a uma possível consequência da microgravidade, desenvolveu uma segunda cabeça. As planárias, em razão de sua alta capacidade de regeneração, são muito utilizadas em experimentos como este. Nesse caso, os pesquisadores procuravam definir de que modo a microgravidade e o campo geomagnético enfraquecido afetariam o crescimento e a regeneração dos platelmintos. Tais estudos podem ser cruciais para o avanço em pesquisas relativas à influência de forças físicas, como campos elétricos, campos magnéticos e outros fatores biofísicos, sobre o padrão corporal, durante a regeneração, o desenvolvimento e a supressão do câncer.

Referências:

1. NOVAES, E. I. et al. Uso de planárias como bioindicadores de qualidade das águas utilizando análise de sobrevivência. Revista Brasileira de Biometria, p. 379-389, 2014. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/handle/11449/140341>. Acesso em: 26 jun. 2019.
2. Platelmintos fazem autofecundação na ausência de parceiros. UOL Notícias. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2015/06/30/platelmintos-fazem-autofecundacao-na-ausencia-de-parceiros.htm>. Acesso em: 26 jun. 2019.
3. Verme é capaz de regenerar memória após ser decapitado. Veja. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/verme-e-capaz-de-regenerar-memoria-apos-ser-decapitado/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
4. Verme enviado ao espaço desenvolve segunda cabeça. O Globo. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/verme-enviado-ao-espaco-desenvolve-segunda-cabeca-21476531>. Acesso em: 26 jun. 2019.

IV - Filo Nematoda

Figura 4. Nematódeos
Fonte: pt.wikipedia.org

O Filo Nematoda é composto pelos nematódeos, também denominados nematoides ou nematelmintos, os quais exibem corpo cilíndrico,  podem manifestar vida livre ou parasitária - como exemplo destes, destacam-se as lombrigas - e são agentes transmissores de muitas doenças que acometem os seres humanos - e.g., a elefantíase e a ancilostomíase. 
São, em geral, dioicos. Seus espermatozoides, que não possuem flagelos, deslocam-se por movimentos ameboides, e a fecundação é interna. Seu corpo cilíndrico não apresenta a segmentação externa percebida nas minhocas, por exemplo. Os nematódeos possuem sistema digestório unidirecional, com boca e ânus, e sua digestão é predominantemente extracelular. São animais avasculares, isto é, não apresentam sistema cardiovascular.

1. A Revista da Sociedade Brasileiro de Medicina Tropical publicou, em dezembro de 1969, o estudo "Comportamento da anemia e eosinofilia nas infestações por nematelmintos em crianças internadas na 5.a Enfermaria do Instituto Fernandes Figueira" (artigo científico), o qual apresenta o nível socioeconômico como fator determinante na contaminação por doenças de nematelmintos. Devido a alimentação carente de carnes, observou-se a ausência de casos de teníase, doença causada por um platelminto. Constatou-se que o grupo com exames de fezes positivos para nematelmintos apresenta uma incidência de diversos tipos de anemia maior que o grupo com exames de fezes negativos para helmintos. Os nematelmintos são vermes, apresentam boca e ânus e sistema digestório completo, podem exibir vida livre ou parasitária e podem viver em ambientes aquáticos e terrestres e, no caso dos parasitas, habitar o organismo de outros animais.

2. O portal de notícias G1 veiculou, em 31 de março de 2011, a matéria "Corante comum em laboratórios pode ser útil contra envelhecimento" (notícia de caráter geral), segundo a qual uma substância ligada ao combate do mal de Alzheimer teria sido testada em nematódeos e estendido a vida destes em mais de 50%. Essa substância seria um corante denominado tioflavina T - ThT. Esta teria apresentado grande sucesso nas pesquisas, freando o desenvolvimento de sintomas presentes nos vermes semelhantes aos sintomas relativos ao mal de Alzheimer. Os cientistas pretendem avançar em tais estudos após essa descoberta.

3. A Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz -, considerada a maior instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina e uma das maiores do mundo, publicou, em março de 1948, "Uma coleção de nematódeos, parasitos de vertebrados, do Museu de História Natural de Montevideo" (artigo científico). Neste artigo, é relatada a concessão de uma coleção de vermes nematódeos ao então Instituto Oswaldo Cruz pelo Museu de História Natural de Montevideo. Apresentam-se uma minuciosa descrição das amostras e ilustrações dos metazoários em questão. Pode-se reparar, especialmente por meio das figuras, em características físicas e evolutivas do filo, como o formato cilíndrico não segmentado de extremidades afiladas e seus órgãos e sistemas. São mencionados os vermes ancilóstomos e as lombrigas, ambos componentes do filo Nematoda.

4. Finalmente, o site Notícias Agrícolas publicou, em fevereiro de 2019, a reportagem "Nematoides geram perdas expressivas em cafeeiros no Brasil, mas pesquisadora aponta soluções" (notícia de caráter geral). Considerados pragas agrícolas, os nematoides podem causar enormes prejuízos às plantações em geral, se utilizando, para chegar até elas, de diversos meios, como água de irrigação contaminada, ventos fortes, mudas produzidas em substratos ou solos infectados e máquinas agrícolas.

Referências:

1. BOZÓTI, M. M. et al. Comportamento da anemia e eosinofilia nas infestações por nematelmintos em crianças internadas na 5.a Enfermaria do Instituto Fernandes Figueira. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 3, n. 6, p. 329-343, 1969. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821969000600005&script=sci_arttext>. Acesso em: 26 jun. 2019.
2. Corante comum em laboratórios pode ser útil contra envelhecimento. G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/corante-comum-em-laboratorios-pode-ser-util-contra-envelhecimento.html>. Acesso em: 26 jun. 2019.
3. LENT, H.; FREITAS, J. F. Uma coleção de nematódeos, parasitos de vertebrados, do Museu de História Natural de Montevideo. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 46, n. 1, p. 1-71, 1948. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/mioc/v46n1/tomo46(f1)_1-71.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2019.
4. SALGADO, S. Nematoides geram perdas expressivas em cafeeiros no Brasil, mas pesquisadora aponta soluções. Notícias Agrícolas. Disponível em: <https://www.noticiasagricolas.com.br/videos/cafe/230775-nematoides-geram-perdas-expressivas-em-cafeeiros-no-brasil-mas-pesquisadora-aponta-solucoes.html#.XRPvXC_Oqu5>. Acesso em: 26 jun. 2019.

domingo, 21 de abril de 2019

Reino Protoctista

Figura 1. Representação de protoctistas
Fonte: www.resumoescolar.com.br

A classificação do reino Protoctista é difícil. De maneira geral, pode-se dizer que este foi criado como uma alternativa didática para receber os organismos eucariontes, tanto unicelulares quanto pluricelulares, que não atendiam à definição dos reinos Fungi, Metaphyta e Metazoa. Desse modo, por não possuir um ancestral único e exclusivo, é um grupo merofilético, formado de forma artificial. Destacam-se as algas e os protozoários como seus principais representantes.
Os protoctistas como um conjunto apresentam grande diversidade de padrões de organização celular, vias metabólicas e ciclos de vida. Eles podem, por exemplo, se configurar como autótrofos fotossintetizantes ou heterótrofos por ingestão ou por absorção. Enquanto alguns deles são de vida livre, outros são de vida parasitária. A maioria é classificada como aquática.

As algas são organismos eucariontes, autótrofos fotossintetizantes e unicelulares ou pluricelulares. Não possuem vasos condutores, isto é, são avasculares. São consideradas as principais responsáveis pela fotossíntese, produzindo grande parte do gás oxigênio presente na atmosfera.
Podem ser encontradas em ambientes úmidos e aquáticos, onde constituem a base das cadeias alimentares. Estão incluídas no plâncton, que pode ser definido como o conjunto de organismos aquáticos. O fitoplâncton, por sua vez, compreende os seres autótrofos aquáticos, enquanto o zooplâncton abarca os seres heterótrofos aquáticos.
As algas pluricelulares, ao contrário das plantas, não possuem tecidos verdadeiros: todas as suas células apresentam o mesmo aspecto e as mesmas funções. Assim, não se pode afirmar que as algas são plantas aquáticas.
As algas são classificadas em seis grupos: algas pardas, algas verdes, algas vermelhas, diatomáceas, dinoflagelados e euglenoides, cada qual com suas características particulares.
As algas unicelulares realizam reprodução assexuada: em geral, por divisão binária ou fragmentação. Algumas das algas verdes se reproduzem sexuadamente por conjugação. Diversas espécies de algas verdes, pardas e vermelhas realizam alternância de gerações.
As algas são utilizadas na produção de sushi, iogurte, sorvete, leite achocolatado, creme dental, creme de barbear, cosméticos, tintas etc. Eventualmente, as algas podem provocar problemas ambientais, como a maré vermelha.

Os protozoários são organismos heterotróficos. Entre eles, estão as amebas, os paramécios, as giárdias etc.
Seu habitat é, em geral, a água. Muitas espécies, porém, podem atuar como parasitas, encontrando, no corpo de outros seres vivos, condições propícias à sobrevivência e reprodução. Sua célula pode ser uninucleada ou binucleada. Os protozoários podem apresentar ou não apresentar estrutura locomotora. Como estrutura locomotora, utilizam-se cílios, flagelos ou pseudópodes.
Os protozoários podem exibir vida livre e vida parasitária. Os protozoários de vida livre são importantes componentes nas cadeias alimentares dos ecossistemas aquáticos, consumindo e controlando populações microbianas e servindo de alimentos para outros consumidores. Os protozoários de vida parasitária podem parasitar o intestino humano, as células musculares do coração e de outros órgãos etc.
Os protozoários são classificados em seis grupos: Ameobozoa, Kinetoplastida, Ciliata, Apicomplexa, Diplomonada e Parabasalida.
Sua reprodução pode ser assexuada ou sexuada. A reprodução assexuada dos protozoários se dá, em geral por divisão binária ou por esquizogonia, também chamada divisão múltipla. Algumas espécias realizam reprodução sexuada por conjugação.
Entre as doenças causadas por protozoários, chamadas de protozooses, estão a Doença de Chagas, a malária, a amebíase, a tricomoníase, a giardíase, a leishmaniose e a toxoplasmose.
Determinados protozoários podem digerir celulose, por ação da enzima celulase.

Referências:

FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia unidade e diversidade, 2º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016.

PAIM, Antônio Carlos. Aula de Biologia do dia 28 mar. 2019.

PEIXINHO, Solange. Reino Protoctista. Projeto Qualibio - UFBA. Site: <www.qualibio.ufba.br>. Acesso em: 21 abr. 2019.

ROMANO, Pedro Seyferth Ribeiro. Dinos Virtuais - Glossário. Portal LATEC - UFRJ. Site: <www.latec.ufrj.br>. Acesso em: 21 abr. 2019.

sábado, 20 de abril de 2019

Reino Fungi

Os fungos são organismos eucariontes, heterotróficos e unicelulares ou pluricelulares. Alguns deles atuam como decompositores, parasitas ou mutualistas, adquirindo grande importância ecológica, enquanto outros são usados na alimentação humana, como cogumelos e trufas, e na indústria, na produção de antibióticos e na fermentação. Vale mencionar, também, as orelhas-de-pau, os bolores e as leveduras.
Os fungos podem se desenvolver sobre múltiplos substratos, incluindo alimentos (frutas, queijo, carne, pão etc.), madeira, couro e papel, exibindo formas muito variadas.

Figura 1. Fungos
Fonte: www.infoescola.com

A unidade morfofisiológica dos fungos, correspondente à célula nos outros seres vivos, é a hifa. O conjunto das hifas forma o micélio, um pseudotecido, o corpo dos fungos pluricelulares. Um micélio pode ser composto por hifas cenocíticas ou por hifas septadas. As hifas cenocíticas possuem centenas de núcleos em uma única massa citoplasmática e aspecto de filamentos multinucleados. As hifas septadas têm divisórias que separam células individuais, com um ou mais núcleos. Destaca-se que não há especialização das hifas.

Figura 2. Hifa cenocítica e hifa septada
Fonte: zontanokosmo.blogspot.com

As células fúngicas armazenam carboidratos na forma de glicogênio, bem como as células animais, e possuem, em geral, em sua parede celular, quitina, polissacarídeo presente no exoesqueleto dos artrópodes.
Os fungos, em pelo menos uma fase da vida, se reproduzem por esporos. Sobre um substrato próprio e em condições propícias, um esporo germina e cria filamentos, os quais invadem o substrato e nele liberam enzimas digestivas. Dessa maneira, o fungo realiza digestão extracorpórea e, posteriormente, absorve os produtos através da parede celular e da membrana plasmática.
Em algumas espécies de fungos, incluindo os cogumelos, as hifas aéreas, externas ao substrato, organizam-se em corpos de frutificação, onde se formam os esporos. Os micélios dos fungos podem ser vegetativos ou reprodutivos.

Figura 3. Micélio vegetativo e micélio reprodutor (Adaptado)
Fonte: www.crpacis.com.br

A taxonomia dos fungos é, até hoje, objeto de um importante debate dentro da comunidade científica. Essa indefinição decorre, entre outros, da dificuldade de identificar e classificar os fungos e de definir gêneros e espécies. Atualmente, a classificação mais aceita é aquela que divide o conjunto dos fungos em quatro grupos: os quitridiomicetos, os zigomicetos, os ascomicetos e os basidiomicetos.
Os quitriodiomicetos apresentam esporos monoflagelados; os zigomicetos realizam a fusão de hifas de dois indivíduos haploides, formando-se no ponto de contato uma estrutura equivalente a um zigoto; os ascomicetos e os basidiomicetos produzem esporos em estruturas intituladas esporângios - ascos e basídios, respectivamente.

Figura 4. Cladograma do Reino Fungi (Adaptado)
Fonte: segundocientista.blogspot.com

Os fungos podem realizar reprodução assexuada ou reprodução sexuada.
Sua reprodução assexuada pode ocorrer por fragmentação, brotamento ou esporulação. O brotamento se dá nos fungos do gênero Saccharomyces, como o levedo de cerveja e o fermento; a esporulação, nos fungos do gênero Rhizopus, como o bolor preto do pão.

Figura 5. Reprodução assexuada por esporulação do bolor preto do pão (Adaptado)
Fonte: adeliabiologia2015.wordpress.com

A reprodução sexuada dos fungos envolve hifas sexualmente compatíveis, sendo uma hifa + e uma hifa -, as quais se unem por plasmogamia (fusão dos citoplasmas). As hifas resultantes dessa união organizam-se e formam um novo corpo de frutificação. Em um processo denominado cariogamia (fusão dos núcleos), essas hifas amalgamam seus dois núcleos haploides (n) em um único núcleo diploide (2n), um tipo especial de zigoto, cuja meiose, posteriormente, dá origem a quatro esporos haploides.
Os fungos do gênero Rhizopus realizam reprodução assexuada e sexuada.

Figura 6. Esquema do ciclo reprodutivo dos fungos, com destaque para a plasmogamia e a cariogamia (Adaptado)
Fonte: www.sobiologia.com.br

Os fungos têm destacada importância na natureza e na vida humana. Alguns deles são utilizados na produção de antibióticos, como a penicilina, e de queijos, como o gorgonzola. Os fungos fermentadores estão presentes na fabricação de pães e de bebidas alcoólicas.

Figura 7. Pães, queijos e vinhos
Fonte: www.guiadasemana.com.br

Os fungos decompositores degradam matéria orgânica, átimo fundamental da circulação de matéria nos ecossistemas. Existem os fungos comestíveis, entre os quais estão algumas espécies de cogumelos.

Figura 8. Champignon, exemplo de fungo comestível
Fonte: www.infoescola.com

Eles estão presentes, também, na produção de etanol, no processo de fermentação da sacarose da cana-de-açúcar. Fungos que atacam certos insetos, ácaros e plantas são empregados no controle biológico de pragas agrícolas.

Figura 9. Etanol
Fonte: www2.safras.com.br

Os líquens são associações mutualísticas, isto é, com benefício mútuo, entre fungos e algas ou cianobactérias. Sua resistência é alta, podendo sobreviver em tundras e desertos. O fungo utiliza parte da matéria orgânica produzida na fotossíntese da alga ou cianobactéria, a qual recebe proteção e nutrientes (água e sais minerais). A propagação dos líquens se dá através de sorédios.

Figura 10. Fotografia de líquens
Fonte: www.lebiologia.com

As micorrizas são formadas pelo mutualismo entre fungos e raízes de plantas. Pode-se citar como exemplo de micorriza as trufas. A planta fornece ao fungo matéria orgânica, que retribui fornecendo à planta nutrientes (água e sais minerais), decompondo a matéria orgânica do solo e aumentando a capacidade de absorção.

Figura 11. Micorriza, associação mutualística entre fungo e raiz de planta
Fonte: gostodecfb.blogspot.com

Figura 11. Trufas, exemplo de micorriza
Fonte: www.infoescola.com

Os fungos podem causar doenças em plantas, em animais e em seres humanos.
Entre as doenças infligidas por fungos em plantas, estão as ferrugens, os carvões e a "vassoura-de-bruxa", as quais têm, durante as últimas décadas, trazido perdas para as plantações brasileiras.
As doenças fúngicas em animais são chamadas, de maneira genérica, de micoses. Nos seres humanos, as mais comuns são a frieira, a pitiríase e a candidíase. Existem, também, as alergias de fungos em seres humanos.
A fim de evitar contato com os fungos em geral, basta atentar para a higiene pessoal, da casa e dos alimentos.

Referências:

FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia unidade e diversidade, 2º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016.

PAIM, Antônio Carlos. Aulas de Biologia dos dias 3, 4 e 11 abr. 2019.

terça-feira, 12 de março de 2019

Doenças causadas pelos vírus

Os vírus foram descobertos apenas em meados do século XIX, mas estão presentes no planeta Terra há milhares de anos. Pequenos, mas complexos, causam as mais diversas patologias em plantas, animais, fungos etc.
As doenças causadas pelos vírus são denominadas viroses, e estas se desenvolvem de maneira diferente das bacterioses - as doenças causadas por bactérias. É importante estudar e discutir as principais doenças virais que afetam os seres humanos, seus sintomas, meios de transmissão e formas de tratamento.

Figura 1. Vírus representados como agentes patológicos
Fonte: www.dreamstime.com

Gripe e resfriado

As infecções viróticas das vias aéreas superiores são conhecidas como "IVAS" e englobam o resfriado comum e as gripes. Ambas as doenças são benignas e auto-limitadas com incubação de 2 a 4 dias, durando cerca de 1 semana. Existem mais de 200 sorotipos diferentes de vírus que causam gripes e resfriados. 
Nos primeiros anos de vida, as crianças tem de 6 a 10 episódios de IVAS por ano (pois não possuem anticorpos para as doenças, como no caso dos adultos), sendo a maioria resfriado, apresentando manifestações restritas ao nariz e à faringe, como coriza, obstrução nasal, espirros, pouca tosse, dor de garganta e irritação conjuntival. 
Nas gripes, o comprometimento é maior, restringindo-se ao nariz e acometendo até mesmo as vias aéreas inferiores. Os sintomas podem resultar em rinite, conjuntivite, faringite, amigdalite, laringite, traqueobronquite, febre e dor no corpo. 
As principais etiologias do resfriado são: Rinovírus, Coronavírus, Vírus Sincicial Respiratório, Influenza, Parainfluenza, Adenovírus e Enterovírus, sendo os três primeiros os mais comuns. As gripes, por outro lado, são causadas por: Influenza, Parainfluenza, Adenovírus, Sincicial Respiratório, Echovírus e Coxsackie, sendo o primeiro o mais comum.
Os fatores de risco para contaminação são: aglomeração popular, poluição, baixo nível socioeconômico e estresse psicológico, o que provoca a baixa a imunidade. Não existem evidências cientificas de que a exposição ao frio aumente a suscetibilidade aos resfriados.

Figura 2. Gravura de criança com gripe ou resfriado (Adaptado)
Fonte: renovaremedlab.com.br

Sarampo

O sarampo, extremamente contagioso, provoca uma vasculite generalizada. Sua evolução tem três períodos definidos: o período prodrômico ou catarral, que dura seis dias, com febre, tosse encalacrada, corrimento nasal, conjuntivite e fotofobia, em que surge o sinal de Koplik, que são manchas brancas com alo avermelhado na mucosa oral perto do pré-molar; o período exantemático, em que se acentuam os sintomas: prostração, manchas de cor avermelhada no rosto e no corpo, com duração de cinco ou seis dias; o período de convalescença, no qual as manchas escurecem e descamam.  
O agente etiológico do sarampo é um vírus de RNA do gênero Morbillivirus e da família Paramyxoviridae.
O modo de transmissão é de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas. O período de incubação é de cerca de 10 dias. É uma doença de notificação compulsória e o tratamento é sintomático. Pode resultar em pneumonias, encefalites, diarreias etc. A vacinação é a principal medida de controle da doença.

Figura 3. Sarampo
Fonte: www.acritica.com

Dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave. O primeiro sintoma é, geralmente, a febre alta, acompanhada de dor de cabeça, prostração, dor nas articulações e dor atrás dos olhos. Podem aparecer manchas, coceira, falta de apetite, náusea, vômito e diarreia, num período de dois à seis dias.
As manifestações hemorrágicas, como sangramento da gengiva, do nariz, da vagina, pelas fezes e pela urina, bem como a baixa de plaquetas, podem ser observados nos casos de dengue em geral. O fator determinante nos casos graves é o extravasamento plasmático, que pode ser expresso por derrames cavitários, hemoconcentração e baixa albumina sérica.
Entre o terceiro e o sétimo dia, quando a febre costuma baixar, surgem sinais e sintomas como vômitos, dor abdominal intensa, prostração e derrames de cavidades, que indicam a evolução para a forma hemorrágica severa da doença.
O agente etiológico da dengue é o arbovírus, vírus de RNA do gênero Flavivirus e da família Flaviviridae, com quatro sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3, DENV4. O agente transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti.
O tratamento é sintomático. Quando evolui para instabilidade hemodinâmica com hipotensão e choque, a medida mais efetiva é a hidratação por via venosa. É uma doença de notificação compulsória.

Figura 4. Ilustração de Aedes aegypti, o mosquito-da-dengue
Fonte: www.denguetemqueacabar.com.br

Raiva

A raiva é uma zoonose viral. Ela se caracteriza como uma encefalite progressiva e letal. Essa letalidade é próxima de 100%. A doença é transmitida por mordidas, lambidas ou arranhões de animais contaminados, como cães, gatos, morcegos, macacos etc. Após um período de 2 a 4 dias, aparece mal-estar, febre, dor de cabeça, dor de garganta, irritabilidade, formigamento, tosse, angústia e alterações de humor, até que sucedem espasmos musculares e convulsões. 
Quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, ocorrem contrações involuntárias da língua, laringe e faringe, com salivação intensa. Estas, então, evoluem para paralisia, até que se retome a consciência e, durante um intervalo de até 7 dias, ocorrem alucinações, evoluindo para coma e óbito.
O agente etiológico da raiva é o vírus da raiva humana, gênero Lyssavirus e família Rhabdoviridae.  
O primeiro tratamento de paciente que não recebeu vacina ou soro anti-rábico e evoluiu para cura foi registrado nos Estados Unidos, em 2004. Em 2008, relatou-se o primeiro caso de cura no Brasil. Quando um indivíduo é exposto ao vírus rábico através da mordedura, lambedura ou arranhadura de animais transmissores da raiva, é realizada a profilaxia, com o uso de vacinas e soro. 

Figura 5. Ciclo epidemiológico da raiva
Fonte: www.folhadooeste.com.br

AIDS

A Síndrome da imunodeficiência adquirida, abreviada SIDA, em português, e AIDS, em inglês, é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana, abreviado VIH, em português, e HIV, em inglês.
Com a imunidade baixa, o corpo fica mais vulnerável a outras doenças. Assim, um simples resfriado pode causar grandes complicações. Também, o tratamento de diversas doenças, como o câncer, acaba por se tornar mais delicado para pacientes com AIDS.
O linfócitos LT CD4+, célula de defesa do sistema imunológico humano, é o principal alvo do vírus HIV, que se liga às membranas dessas células e penetra seus núcleos a fim de se replicar. Com o passar do tempo, o sistema imunológico degrada-se, incapaz de reagir aos ataques de milhares de vírus e bactérias, com os quais entra em contato diariamente.
O tratamento dos pacientes soropositivos, isto é, que possuem o vírus da imunodeficiência humana, é realizado com antirretrovirais, que objetivam impedir a multiplicação do HIV no organismo. Além disso, buscam-se meios de fortalecer sua imunidade etc.
Nem todos os indivíduos com HIV têm AIDS, visto que em muitos casos o vírus fica inativo e, destarte, não se manifesta. Os sintomas iniciais da AIDS são, muitas vezes, semelhantes aos da gripe (febre, tosse, coriza, dores musculares e dores de cabeça). Segue-se, então, um período assintomático. Com a evolução da doença, os pacientes podem ser acometidos de diversas doenças, mais ou menos graves, que geralmente não afetam indivíduos com um sistema imunológico saudável.
Há pouco tempo, o HIV e a AIDS eram sinônimos de letalidade. No entanto, com o avanço da ciência e da medicina, as taxas de óbito são muito menores, bem como as complicações. Os aidéticos, quando submetidos ao tratamento correto - desde que tomem os medicamentos corretos e realizem consultas e exames médicos rotineiramente, levam um dia-a-dia normal e têm uma qualidade de vida excelente.
O vírus da AIDS é transmitido através de secreções, como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Pode-se encontrar em contato com elas por meio do compartilhamento de seringas, de acidentes com objetos cortantes infectados, da transmissão vertical, durante o parto, da mãe para o filho e das relações sexuais, tanto heterossexuais quanto homossexuais. Desse modo, é recomendado o uso de preservativo, com destaque para a camisinha. Alvitra-se, também, a utilização de luvas e seringas descartáveis. O vírus não é transmitido através de beijo, abraço, espirro, picada de inseto ou suor.

Figura 6. Dezembro Vermelho: mês de conscientização e combate à AIDS
Fonte: www.tuasaude.com

Figura 7. Esquema referente à contração da AIDS
Fonte: www.unimedfortaleza.com.br

Referências:

FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia unidade e diversidade, 2º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016.

BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE; SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 2010.

OLIVEIRA, Reynaldo Gomes. Black Book: Pediatria. 3. ed. Belo Horizonte: Black Book, 2005.

Site: <pt.wikipedia.org>. Acesso em: 12 mar. 2019.

Site: <www.bio.fiocruz.br>. Acesso em: 12 mar. 2019.

Site: <giv.org.br>. Acesso em: 12 mar. 2019.

PAIM, Antônio Carlos. Aulas de Biologia dos dias 27 e 28 fev. 2019.

domingo, 3 de março de 2019

Exercícios 5-8 da p. 23 do livro (Vírus)

5. a. A presença de material genético (DNA ou RNA) nos vírus assinala sua capacidade de transmissão de características genéticas a seus descendentes; a capacidade de evolução dos vírus, que sofrem modificações com o passar dos milhares de anos; e a realização de atividades complexas, como a transmissão de doenças.
b. "Más notícias", pois os vírus são parasitas celulares e agentes patogênicos; e "embrulhadas com [...] proteína" pois são compostos por, somente, além do material genético, uma cápsula proteica.

6. Apesar de sua simplicidade, os vírus não foram, sem dúvida, as primeiras entidades a existir no planeta Terra, visto que necessitam, para sua reprodução e multiplicação, isto é, para sua subsistência enquanto grupo, de (outros) organismos vivos - no caso, células, especificamente. Fia-se, portanto, que eles tenham dimanado, em, possivelmente, vários momentos da evolução, de organismos celulares.

7. a. O agente infeccioso era um vírus pois apresentava como material genético um segmento de RNA.
b. Os vírus não apresentam estrutura celular nem metabolismo próprio, dependendo, dessa maneira, das células que parasitam.
c. ATGGGCAATTTC

8. a. Ao Aedes aegypti.
b. À dengue, cujos agentes etiológicos são os vírus DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4; à zika, cujo agente etiológico é o vírus ZIKV; à chikungunya, cujo agente etiológico é o vírus CHIKV; e à febre amarela, cujo agente etiológico é o vírus da febre amarela.
c. Combater o mosquito (evitar o acúmulo de água, colocar tela nas janelas, colocar areia nos vasos de plantas, limpar as calhas, colocar desinfetante nos ralos, tomar cuidado com piscinas, utilizar inseticidas e larvicidas, usar repelente, tampar bem as latas de lixo etc.) e tomar a vacina.

Vírus

Figura 1. Representação de vírus
Fonte: www.estudokids.com.br

Figura 2. Reconstrução computacional de uma partícula de rotavírus
Fonte: pt.wikipedia.org

Os vírus não se incluem, segundo a definição vigente, em nenhum dos cinco reinos. André Michel Lwoff, microbiologista francês, agraciado com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1965, proferiu, inclusive, que "[considerá-los] ou não [...] como organismo é apenas uma questão de gosto." Desse modo, há um grande debate dentro da comunidade científica, ainda sem resolução, quanto a eles, se são seres vivos ou não.
São, ainda, as únicas entidades acelulares - não têm organização celular - de que se têm notícia atualmente. Eles são constituídos por, basicamente, material genético (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula de proteínas, denominada capsídeo. Os vírus da raiva e da varíola contêm DNA: são os vírus de DNA; e os vírus da aids e da poliomielite contêm RNA: são os vírus de RNA.
Os retrovírus, cujo exemplo mais conhecido é o HIV, possuem RNA como material genético e apresentam a enzima transcriptase reversa, que permite a síntese de DNA a partir de um molde de RNA. Existem, também, por mais estranho que possa parecer, vírus com cadeias simples de DNA e cadeias duplas de RNA. Há, ainda, um vírus que possui DNA e RNA: o citomegalovírus humano.
O conjunto formado pelo material genético e pelo capsídeo é chamado nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas por esta estrutura: são os vírus não envelopados. Em outros, todavia, existe um envelope, conhecido como envoltório, o qual consiste, destarte, na parte externa do vírus: são os vírus envelopados. O envoltório é formado por proteínas mergulhadas em uma camada dupla de lipídios, que deriva da membrana plasmática da célula parasitada.

Figura 3. Representação simplificada da estrutura do vírus (Adaptado)
Fonte: www.infoenem.com.br

Os vírus são, em geral, muito simples e pequenos. A maioria é menor que as menores bactérias, medindo, via de regra, menos de 0,2 µm. Os bacteriófagos, por exemplo, medem cerca de 100 nm. Assim, só podem ser observados, em geral, através de microscópicos eletrônicos, que permitem aumentar as imagens em até 500 mil vezes.
Para tais dimensões microscópicas, usam-se, como visto, o micrômetro e o nanômetro, submúltiplos do metro. Estes dois equivalem a, respectivamente, 10^(-6) m e 10^(-9) m. O primeiro é a unidade mais utilizada para células; o segundo, a mais utilizada para vírus, que são, em tamanho, muito inferiores às células.
Alguns dos menores vírus conhecidos são o vírus da febre aftosa, cerca de 10 nm de diâmetro, e o vírus da poliomielite, cerca de 28 nm de diâmetro; e alguns dos maiores são o vírus da varíola, cerca de 300 nm de comprimento, e o baculovírus, que ataca células de mariposas e borboletas, cerca de 450 nm de comprimento.

Figura 4. Imagens de microscopia eletrônica do vírus da febre aftosa, do vírus da poliomielite, do vírus da varíola e do baculovírus (Adaptado)
Fonte: MENDONÇA, 2016

A atividade vital dos vírus só se manifesta quando estes se associam a uma célula hospedeira, não possuindo metabolismo próprio. Eles usam o equipamento biológico dessas células que parasitam, às quais causam prejuízo. Dessa maneira, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, reproduzindo-se exclusivamente no interior de células vivas.
Sendo assim, apesar da aludida simplicidade, os vírus não foram, sem dúvida, as primeiras entidades no planeta Terra, visto que necessitam de células vivas para sua multiplicação. Fia-se, portanto, que eles tenham dimanado, em vários momentos da evolução, possivelmente, de organismos celulares.

Figura 5. Os vírus parasitam células vivas
Fonte: profissaobiotec.com.br

Cada variedade de vírus pode parasitar apenas tipos específicos de células. Essa especificidade está associada à compatibilidade de proteínas entre o capsídeo dos vírus e a membrana plasmática das células, o que possibilita a fixação e entrada das partículas virais.
Destarte, podem-se considerar, quanto à classificação dos vírus, quatro grupos, organizados de acordo com os seres vivos com os quais, definidamente, se associam: os bacteriófagos, que parasitam bactérias; os micófagos, que parasitam fungos; os vírus de plantas, que parasitam plantas; e os vírus de animais, que parasitam animais.
Note-se que quando um vírus parasita um dado grupo de seres vivos, isso não significa, entretanto, que ele seja capaz de infectar qualquer espécie pertencente a esse grupo.

Figura 6. Vírus mais comuns, de variados tamanhos e formas (Adaptado)
Fonte: segundocientista.blogspot.com

Figura 7. Adenovírus, cuja forma é de icosaedro
Fonte: segundocientista.blogspot.com

Figura 8. Imagem de bacteriófago cujo DNA saiu do capsídeo e se desenrolou, a qual ilustra bem a relação entre o tamanho da cápsula proteica e a quantidade de material genético presente em seu interior nos vírus
Fonte: segundocientista.blogspot.com

Os vírus, ao se associarem a uma célula, introduzem seu material genético no DNA que integra os cromossomos dessa célula. Depois, ocorre a multiplicação do DNA viral e a síntese de novas cápsulas proteicas. Finalmente, novas partículas de vírus são liberadas. Podem-se citar cinco fases do processo de reprodução dos vírus: adsorção, penetração, desnudamento, biossíntese e morfogênese.
A morte da célula hospedeira é muito frequente. Esse padrão de reprodução recebe a denominação de ciclo lítico.
Em oposição a este, existe o ciclo lisogênico, no qual o vírus incorpora seu material genético ao da célula hospedeira, mantendo-se temporariamente inativo. Quando a célula-mãe se reproduz, seu material genético, que contém o DNA viral, duplica-se e distribui-se entre as células-filhas. Dessa maneira, a cada ciclo de divisão celular, toda a descendência é infectada.
Os vírus, quando não estão parasitando uma célula, podem ser cristalizados, permanecendo inativos por muitos anos, mas mantendo a capacidade de invasão.

Figura 9. Representação do ciclo lítico da reprodução dos vírus
Fonte: quimicatecnica.blogspot.com

Figura 10. Representação do ciclo lisogênico da reprodução dos vírus
Fonte: www.sobiologia.com.br

Por fim, podem-se citar, recapitulando, as características gerais dos vírus:

1) Acelularidade - não possui célula, metabolismo, movimento ou capacidade de crescer em tamanho e de se dividir por conta própria;
2) Composição química - material genético e capsídeo;
3) Patogenicidade - é parasita intracelular obrigatório e agente patogênico.

Figura 11. Principais grupos de vírus
Fonte: netnature.wordpress.com

Figura 12. Sugestão de estruturação da árvore da vida incluindo os vírus (Adaptado)
Fonte: netnature.wordpress.com

Os vírus, por viverem como parasitas no interior das células dos seres vivos, provocam inumeráveis doenças. Sir Peter Brian Medawar, biólogo britânico nascido no Brasil, Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1960, os reputou, inclusive, como "más notícias embrulhadas com um pouco de proteína."
As doenças provocadas por vírus são denominadas, em conjunto, viroses, das quais destacam-se: a aids, a febre amarela, a dengue, a poliomielite, a raiva, a hepatite, a caxumba, a catapora, a gripe e o resfriado.

Referências:

FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia unidade e diversidade, 2º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016.

MENDONÇA, Vivian L. Biologia: os seres vivos. Volume 2. Ensino Médio. 3. ed. São Paulo: AJS, 2016.

Blog Biologia - Ciência da Vida. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS. Disponível em: <http://segundocientista.blogspot.com/2013/02/caracteristicas-gerais-dos-virus.html>. Acesso em: 3 mar. 2019.

Site: <pt.wikipedia.org>. Acesso em: 2 mar. 2019.

Site: <www.sobiologia.com.br>. Acesso em: 2 mar. 2019.

Site: <netnature.wordpress.com>. Acesso em: 3 mar. 2019.

PAIM, Antônio Carlos. Aulas de Biologia dos dias 27 e 28 fev. 2019.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Divisões do reino vegetal - Redenção 20 fev. 2019

O reino vegetal compreende as plantas, seres eucarióticos, pluricelulares, autotróficos clorofilados e com tecidos diferenciados. Ele é segmentado em quatro divisões, a saber: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. O termo divisão, utilizado para o reino vegetal, corresponde a filo, utilizado para o reino animal.

Figura 1. Esquema das fases gametofítica e esporofítica nas diferentes divisões do reino vegetal (Adaptado)
Fonte: www.buscaescolar.com

Briófitas

As briófitas encontram-se em ambientes úmidos, próximas à rios, córregos ou lagos, em cascas de árvores e no xaxim. Por não receberem luz direta do sol, são plantas de pequeno porte. Sua reprodução se dá pelo processo de metagênese, na qual há uma fase sexuada, com a produção de gametas, e uma fase assexuada, com a produção de esporos. 
São, também, plantas avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de seiva. O transporte de nutrientes acontece através de um lento processo de difusão das células. Essa é uma característica que as diferencia das demais divisões do Reino Vegetal. 
A partir das briófitas, se inicia a diferenciação de tecidos como a epiderme para proteção. Como as algas, têm o corpo na forma de talo, sem raiz, caule ou folhas diferenciadas. As briófitas podem ser divididas em três grupos: musgos, hepáticas e antóceros.

Figura 2. Exemplos de briófitas: em A, gametófitos de musgos, onde podem-se observar os filoides. Em B, gametófitos de hepáticas. Em C, gametófitos de musgos com esporófitos em desenvolvimento. Em D, esporófitos de hepáticas.
Fonte: www.coladaweb.com


Figura 3. Musgos, exemplo de briófita
Fonte: PAIM, 2019

Pteridófitas

As pteridófitas são maiores e mais diversas que as briófitas. Elas, em geral, são terrestres e, da mesma maneira que as briófitas, habitam ambientes úmidos. Ostentam vasos condutores de seiva – são plantas vasculares -, raiz, caule e folhas. A reprodução dos organismos dessa divisão se dá, assim como nas briófitas, por uma fase sexuada e uma fase assexuada. 
Rizoma é a denominação que se usa para o caule das plantas desse grupo quando este é subterrâneo. Epífitas são as pteridófitas que se apoiam em outras plantas, mas sem lhes causar danos. São exemplos de pteridófitas: samambaias, cavalinhas e chifres-de-veado.

Figura 4. Exemplos de pteridófitas
Fonte: brasilescola.uol.com.br

Figura 5. Samambaia, exemplo de pteridófita
Fonte: PAIM, 2019

Gimnospermas

A divisão das gimnospermas inclui árvores e arbustos com variados portes. Possuem vasos condutores de seiva – são plantas vasculares -, raiz, caule, folhas e sementes.
Sua reprodução é sexuada: a fecundação dos órgãos femininos se dá pelo pólen, o qual é produzido pelos órgãos masculinos e transportado por vento, chuva, insetos e pássaros. As sementes das gimnospermas são nuas: não são envolvidas por ovário ou capa protetora. São exemplos: pinheiros,  ciprestes, araucárias e sequoias.

Figura 6. Exemplos de gimnospermas
Fonte: www.webestudante.com.br

Figura 7. Cipreste, exemplo de gimnosperma
Fonte: elaborada pelos autores

Angiospermas

As angiospermas são, bem como as pteridófitas e as gimnospermas, plantas vasculares, isto é, possuem vasos condutores de seiva. As plantas desse grupo possuem variadíssimas formas e tamanhos e habitam diferentes ambientes. Esta é a maior divisão do Reino Vegetal, compreendendo aproximadamente 200 mil espécies.
Sua reprodução é sexuada. A fecundação ocorre pela presença do pólen masculino. Ao contrário das gimnospermas, as sementes das angiospermas são guardadas no interior do fruto. São exemplos: hibisco, goiabeira e maracujazeiro.

Figura 8. Exemplos de angiospermas (Adaptado)
Fonte: www.saberatualizadonews.com


Figura 9. Hibisco, exemplo de angiosperma
Fonte: elaborada pelos autores

Acredita-se que o reino vegetal como um todo descenda de organismos semelhantes às atuais algas verdes. Isso teria ocorrido através da ação da seleção natural e de mutações. Com o passar dos milhares ou até milhões de anos, formaram-se as raízes, as quais fixam a planta ao solo, possibilitando que esta absorva água e sais minerais.
Eventualmente, surgiu, também, a parte aérea das plantas (caule e folhas), passando a proporcionar a captação de energia luminosa, convertida em energia química, esta utilizada na produção de matéria orgânica, através da fotossíntese. O aparecimento dos vasos condutores de seiva viabilizou a circulação e a distribuição interna de substâncias.
Sobrevieram, além destas, ainda outras estruturas adaptativas: os tecidos de sustentação, que mantêm a planta ereta, e os tecidos de revestimento, que minoram a perda de água e promovem as trocas gasosas com o ambiente.

Figura 10. Cladograma simplificado do reino vegetal
Fonte: sites.google.com

Referências:

Site: <www.portaleducacao.com.br>. Acesso em: 20 fev. 2019.

Site: <www.todamateria.com.br>. Acesso em: 20 fev. 2019.

Site: <www.gestaoeducacional.com.br>. Acesso em: 20 fev. 2019.

Site: <sites.google.com>. Acesso em: 23 fev. 2019.